Divórcio e Alienação Parental: Protegendo o Vínculo Afetivo com os Filhos

O divórcio é um processo doloroso para todos os envolvidos, especialmente quando há filhos no meio. Infelizmente, em alguns casos, um dos genitores pode tentar manipular ou alienar os filhos contra o outro genitor, prejudicando o vínculo afetivo e o relacionamento saudável entre pais e filhos. Esse comportamento é conhecido como alienação parental e é considerado uma forma de abuso emocional contra a criança.

A alienação parental é definida e regulamentada pela Lei nº 12.318/2010, que de forma conjunta observam os preceitos dos dispositivos específicos no Código Civil de 2002 e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Segundo essa lei, alienação parental é a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, avós ou responsáveis, para que repudie o outro genitor ou crie um clima de hostilidade em relação a ele.

O Código de Processo Civil de 2015 também aborda a questão da alienação parental em seus artigos 693 e seguintes, prevendo medidas para prevenir e combater essa prática nociva durante o processo de divórcio. Entre essas medidas, estão a possibilidade de intervenção psicossocial para avaliar a situação da criança e a imposição de penalidades para o genitor alienador, como a ampliação do regime de convivência com o genitor alienado.

É importante destacar que a alienação parental pode ter graves consequências para o desenvolvimento emocional e psicológico da criança, causando sentimentos de confusão, ansiedade, culpa e até mesmo problemas de saúde mental a longo prazo. Por isso, é fundamental detectar e combater essa prática de forma eficaz, visando proteger o bem-estar e os direitos da criança.

Os tribunais brasileiros têm reconhecido cada vez mais a gravidade da alienação parental e têm adotado medidas para preveni-la e combatê-la. Além disso, psicólogos e assistentes sociais desempenham um papel crucial na identificação e intervenção nos casos de alienação parental, fornecendo suporte psicológico às crianças e ajudando a restaurar o relacionamento saudável com o genitor alienado.

É fundamental que os pais envolvidos em um processo de divórcio priorizem o bem-estar dos filhos e evitem usar as crianças como instrumentos de vingança ou manipulação. Em vez disso, devem buscar formas construtivas de resolver seus conflitos e promover um ambiente familiar saudável e amoroso para seus filhos.

Em suma, a alienação parental é um problema sério que requer atenção e intervenção adequada por parte das autoridades e profissionais de saúde mental. Com o apoio da legislação e o comprometimento dos pais em proteger o relacionamento com seus filhos, é possível prevenir e combater a alienação parental e garantir o bem-estar das crianças durante e após o divórcio.

Embora breve a explicação quanto ao divórcio e a relação familiar, lembre-se, consultar um advogado é importantíssimo para saber o que fazer em situações de divórcio para afetar minimamente as relações entre pais e filhos!

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